Ainda pouco conhecido e praticado no Brasil, o jornalismo de soluções é importante ferramenta para ser usada em coberturas nesta época de pandemia. A proposta busca enfatizar soluções para problemas em vez de apenas relatá-los, equilibrando a tendência negativista da mídia.

A prática do jornalismo de soluções exige esforço e apuração metódica. Por isso, a notícia de última hora pode servir apenas como gancho, porque a reportagem focada em soluções precisa ser assentada em bastante pesquisa, análise de dados quantitativos e qualitativos e conversas com especialistas que não estejam envolvidos diretamente nas iniciativas citadas, explica a jornalista Priscila Pacheco em um artigo sobre jornalismo de soluções publicado no site da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A crise deflagrada pelo coronavírus constitui-se uma oportunidade para a imprensa rever certos modelos de cobertura, que além de cansar e afastar a audiência não contribuem para gerar o debate sadio e o esclarecimento de leitores.

Diante do atual contexto de cobertura do coronavírus, o Observa Foz – Observatório de Mídia de Foz do Iguaçu – resolveu bater um papo com o jornalista, escritor e professor universitário Edvaldo Pereira Lima.

Autor de 16 livros, ele é um dos profissionais brasileiros que apostam e valorizam o jornalismo de soluções. Nesta entrevista virtual, aborda o tema e comenta sobre o atual contexto da cobertura midiática.

* Denise Paro é jornalista em Foz do Iguaçu.

Por Denise Paro